terça-feira, 16 de outubro de 2007

Alguém me questiona e me faz pensar:
- O que é um psicólogo ? Para que serve?
- O que é uma leitura psicológica sobre uma situação extrema?
Eu respondi:
A brincar, a brincar... faz-me pensar, sim senhor! Como em tudo na vida, cada cabeça sua sentença. E não fosse assim, não haveriam tantos psicólogos "ranhosos" a dar cabo do que algumas pessoas pensam de nós. Não somos apenas "fala barato" como muitos consideram, nem damos tangas às pessoas, embora muitos o façam. Mas para mim, de tudo o que aprendi nos momentos especiais de certas aulas, retenho principalmente que não podemos pensar que somos deuses, por muito melhor que seja a nossa intenção e vontade de ajudar a melhorar a vida de alguém. É preciso que a outra pessoa queira. Obviamente que devemos ter em conta a resistência da pessoa, mas isso é contornável. Devemos procurar que a pessoa descubra o seu próprio caminho, que vislumbre as opções que lhe são possíveis, acreditando que é capaz. No entanto, temos de ter em consideração, sempre, a escolha da pessoa. E muitas pessoas escolhem ficar da forma que estão. Mudar impõe algum sofrimento, principalmete quando a pessoa sente mas não aceita que não está bem.
Quanto a situações extremas, respondo-lhe como me esnsinaram a responder quando não se sabe realmente o que responder...! "Depende." Depende da história de vida e até de saúde mental da pessoa em questão, do comportamento em questão, em que contexto. Mas é realmente um facto que me assombra. Como reagirei perante uma pessoa que fez ou diz que fará algo extremo, completamente fora dos meus valores balizares (que mesmo assim considero alargados)? será que a culparei instintivamente? Será que a cubrirei no meio de "desculpas" com dados clínicos? A experiência o dirá. Mas por agora confio, e sei, que estarei à altura da situação. (Nem que seja para passar ao outro e não ao mesmo...! - Eu não disse isto...)
E vocês, o que acham?

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