- Não há Deuses e são os "outros"que têm de escolher os caminhos (veremos que não são caminhos mas sim opções...)
- São realmente os outro que têm de fazer as suas escolhas.O papel do psicólogo não é de forma alguma indicar algum caminho (isso é um erro tremendo) mas sim fazer com que a pessoa encontre os seu próprio caminho, que só ela sabe qual é. Como é que o psicólogo pode ajudar a isso?Questionando. Fazendo a pessoa pensar e nós sim seguindo o caminho, o raciocínio que a pessoa toma. Numa imagem "micro", nos seguimos o discurso da pessoa, pegando nas coisas importantes e fazendo a pessoa pensar, para depois, numa imagem "macro" a pessoa seguir o caminho que encontrou com as conclusões a que chegou. Fazemos perguntas às quais intimamente as pessoas não querem ver as respostas. Mas quando as vêem, ficam mais próximas delas próprias. E aí está o caminho delas, independentemente do caminho que seja.
- O psicólogo está no exterior do outro e não dentro, ou seja, tu ao olhares, ao ouvires, ao "falares" com o outro só recebes o que ele "quer", que pode ser o seu "real" ou o seu "imaginário", ou seja para o "ajudares" (o psicólogo também é um ajudante-escuso-me de referir as circunstâncias em que o é! , tu sabe-las!) terás que "descodificar" o que ouves, "olhares" para dentro do outro e "receitares" ( fiz-me entender?), mas não tens a certeza que ele tome os remédios! Pior, nem tu tens a certeza que aquele seja o receituário... Para ganhares cada vez mais "acertados remédios", precisas de mais e mais ferramentas para melhores "descodificares". Como se faz?Simples. Sabendo ouvir (essencial), lendo (muito) e "acompanhando" a vida nela vivendo. Atenção a "isto".
- É verdade. Eu concordo plenamente com tudo o que disse. Só gostaria de sublinhar um facto. É que é importante para o psicólogo tudo o que existe no outro, seja real ou imaginário. Claro que é imprescindível saber o que é uma coisa e o que é outra. Mas até o que é imaginário tem de ser trabalhado, porque pode ser real para a pessoa. E mesmo que não seja, o que levou a pessoa a falar sobre isso? a ter essa fantasia? Temos de estar atentos a tudo. Saber reflectir sobre a informação que a pessoa nos dá a cada momento, cada uma a seu tempo. Um dia tudo fará um click em nós, e de repente tudo faz sentido, todas as informações que não entendemos logo mas que retemos. Tudo tem a sua razão de ser, até aquilo que não o é de verdade.
(Gostei desta...) :)
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